Peter Drucker (1909-2005), o mais influente guru do mundo corporativo da atualidade, publicou um artigo na Harvard Business Review, que se tornou clássico. Com o título – O Advento da Nova Organização, pela primeira vez, Peter Drucker comparava empresas a orquestras.
Em um trecho do artigo ele aborda que ”dentro de 20 anos, a típica organização de grande porte – seja ela uma grande empresa ou um grande órgão público – não terá mais do que a metade dos níveis administrativos de sua equivalente hoje, e não mais de um terço do número de administradores. Em termos de sua estrutura, de seus problemas administrativos e das questões que lhe concernem, ela terá pouca semelhança com a típica empresa manufatureira dos anos 50 que os nossos livros ainda tomam como modelo. É muito mais provável que, ao contrário, ela se assemelhe a organizações a que hoje nem os gerentes profissionais nem os estudantes de administração dão muita atenção: o hospital, a universidade, a orquestra sinfônica. Pois, da mesma forma como essas organizações, a empresa – e cada vez mais os órgãos governamentais – será também fundamentada no conhecimento, também formada basicamente de especialistas que dirigem e disciplinam o seu próprio desempenho mediante um feedback organizado de seus colegas e clientes. Será, em suma, uma organização fundamentada na informação”. Mesmo após sua morte, Drucker é considerado um mestre nos meios empresariais modernos.
Os lideres e gestores da atualidade, devem atuar como maestros de uma orquestra, pois regem seus colaboradores como os músicos num concerto musical.
Com o avanço da internet e a convergência dos meios de comunicação, temos um novo cenário, o conhecimento e as informações estão ao alcance de todos. Este fato dissemina de forma viral os conceitos da Sociedade do Conhecimento e da Informação, onde o foco não é mais no capital, no trabalho, nos bens materiais e sim no conhecimento e na inovação, o que podemos também chamar da Era do Capital Intelectual.
Os fluxos de informações, no seio das organizações e na sociedade, fluem mais rapidamente e os níveis hierárquicos estão sendo reduzidos. A pirâmide esta se achatando, o que resulta em estruturas mais dinâmicas e ágeis.
Fazendo uma analogia com a estrutura de uma orquestra, observamos que no mundo da convergência, não sobra mais espaço para líderes autocratas.
Como citou Ben Zander, líder e dirigente da Orquestra Filarmônica de Boston, direto na sua afirmação – “O maestro é o derradeiro bastião do totalitarismo no mundo, a pessoa cuja autoridade nunca é questionada”.
Aquela figura do maestro autoritário está mudando. Assim como nas empresas, os novos gestores estão focando suas atividades em fazer rodar a máquina administrativa mais azeitada, e sem imposições. As novas gerações não admitem mais o modelo de gestão por imposição e sim uma gestão multimídia, onde a premissa básica é Liberdade com Responsabilidade.
Como nas orquestras modernas, os novos maestros regem um elenco de músicos excepcionais, sem imposições. Cada instrumentista é um especialista de altíssimo nível, que deve ser respeitado. Como resultado, temos um som harmonioso e envolvente que a todos encanta.
No século XXI as empresas devem ser regidas com maestria, de maneira análoga ao andamento de uma orquestra.
Além da regência/gestão do time de colaboradores temos que nos preocupar com:
– Oferecer qualidade dos produtos e serviços disponibilizados.
– Assumir compromisso com o meio ambiente e preservação da natureza.
– Ter uma postura inovadora.
– Contar com a admiração dos nossos clientes.
– Facilitar o trabalho em equipe.
– Apresentar visão de futuro.
– Enfrentar novos desafios.
– Preservar a sua marca.
Existem mil maneiras de gerirmos uma organização, mas com ritmo, melodia e harmonia, somado a uma perfeita integração do time, os resultados serão promissores, fazendo com que sua organização não desafine e transmita aos seus usuários um grande espetáculo.