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Vitale: Infraestrutura disruptiva – novo paradigma nas telecomunicações

Com o 5G em todo o País, temos observado dificuldades na interligação das small cells, que exigem cabos ópticos para a transmissão das altas bandas necessárias aos novos equipamentos. Cenário requer uma abordagem inovadora.

Marcius Vitale é coordenador do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP). A entidade promove em 18 de agosto o workshop gratuito "Conectando o Futuro", das 8h às 18h. Será no Auditório do SEESP – Rua Genebra, 25, Bela Vista – SP e terá como tema as estratégias para modernizar a infraestrutura de telecomunicações em São Paulo. Aqui, a Programação completa.
Marcius Vitale é coordenador do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP). A entidade promove em 18 de agosto o workshop gratuito “Conectando o Futuro”, das 8h às 18h. Será no Auditório do SEESP – Rua Genebra, 25, Bela Vista – SP e terá como tema as estratégias para modernizar a infraestrutura de telecomunicações em São Paulo. Aqui, a Programação completa.

Por Marcius Vitale * – Nos últimos anos, o setor de telecomunicações no Brasil tem passado passando por uma intensa transformação. Esse processo é caracterizado pelo crescimento desordenado na ocupação de postes e pela saturação do subsolo, resultado da instalação de múltiplas redes por diversos prestadores de serviços.

Essa dinâmica não apenas compromete a integridade física das infraestruturas, mas também impacta diretamente a qualidade dos serviços oferecidos à população e dificulta a manutenção das redes em operação.

No contexto das telecomunicações, a presença excessiva de redes obsoletas, incluindo cabos inativos e desativados, agrava ainda mais o panorama atual, poluindo visualmente o cenário das cidades brasileiras.

Além disso, a falta de conformidade com normas técnicas da boa engenharia tem gerado consequências graves, como acidentes fatais que envolvem trabalhadores e cidadãos, bem como a redução da vida útil das infraestruturas, evidenciada por frequentes interrupções no fornecimento de serviços essenciais.

Por fim, é imperativo que, além do desenvolvimento de novos procedimentos técnicos de engenharia para padronizar a infraestrutura aérea e subterrânea de telecomunicações, implementem-se integralmente nos projetos os preceitos estabelecidos nas NRs (Normas Regulamentadoras) 01– Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais; 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade; 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados; e 35 – Trabalho em altura.

Chamado à inovação

Com a implantação em larga escala do 5G em todo o País, temos observado dificuldades na interligação das small cells, que exigem cabos ópticos para a transmissão das altas bandas necessárias aos novos equipamentos.

Esse cenário requer uma abordagem inovadora, que proponho chamar de “infraestrutura disruptiva”. Essa envolve a aplicação de novos métodos, procedimentos e soluções criativas, fundamentadas na inovação e na compreensão das condições reais observadas no campo em nosso ambiente tropicalizado.

A disrupção, nesse contexto, deve atuar como um agente de mudança, capaz de reformular ou desmantelar processos estagnados, estabelecendo uma nova ordem que atenda às exigências técnicas da boa engenharia, da segurança do trabalho e da adaptabilidade das empresas às novas exigências impostas pelo 5G e 6G.

Com essa preocupação, o Conselho Assessor de Telecomunicações do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) está desenvolvendo estudos voltados ao setor, cuja finalidade é oferecer soluções inovadoras. Essas servirão de arcabouço técnico ao atendimento integral das necessidades de ordenamento nos projetos de redes aéreas e subterrâneas de telecomunicações.

Alguns exemplos são: utilização de inteligência artificial para gestão e fiscalização da infraestrutura; sistema de monitoramento automático para localização de defeitos em fibras ópticas; projetos especiais utilizando microtecnologia (microdutos e microcabos); postes inteligentes multifuncionais para instalação de equipamentos 5G (small cells); soluções para minimização de acidentes de trabalho; redes GPON (gigabit passive optical network) para áreas de alta densidade.

Somente por meio da “infraestrutura disruptiva” conseguiremos enfrentar as complexidades presentes, construindo um sistema capaz de atender às crescentes demandas do futuro.

Marcius Vitale é engenheiro eletricista e de Segurança do Trabalho; Coordenador do Conselho Assessor de Telecomunicações do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP); presidente da Associação dos Diplomados do Inatel (adInatel) e CEO da Vitale Consultoria.

A SEESP promove em 18 de agosto o workshop gratuito “Conectando o Futuro”, das 8h às 18h. Será no Auditório do SEESP – Rua Genebra, 25, Bela Vista – SP e terá como tema as estratégias para modernizar a infraestrutura de telecomunicações em São Paulo. Aqui, a Programação completa.

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