Conselho Tecnológico do SEESP Fundado em 16 de outubro de 1987, o Conselho Tecnológico (CT) do SEESP tem história marcada pela excelência na valorização profissional, discussão e apresentação de propostas fundamentais aos desenvolvimentos regional e nacional. Soraya Misleh Visiona Tecnologia Espacial realiza palestra sobre necessidade de dar continuidade ao Programa Espacial Brasileiro durante reunião do …
ENGENHEIROS INATELINOS NO SHOW EM COMEMORAÇÃO AOS 60 ANOS DO INATEL GUITARRA E VOZ – MARCELO ARAGÃO / GUITARRA E VOZ – OTAVIO SCARDELATO / BAIXO – FRED SOUZA BATERIA – MARCIUS VITALE
Por Nelson Valente 15/04/2025 A ocupação desorganizada de postes pelas operadoras de telecomunicações pode ser tecnicamente resolvida e a solução mais viável seria a adoção de uma rede neutra. Nessa configuração, um prestador de serviço independente seria responsável pela instalação de cabos de fibra óptica para atender a demandas das chamadas ISPs, provedores de serviços …
Na semana passada, tivemos um encontro bastante produtivo na sede do SEESP – Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, onde discutimos diversos temas relevantes voltados para a Engenharia Nacional. Estiveram presentes: o Engenheiro Eletricista Renato Becker, Diretor do SEESP; o Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho Marcius Vitale, Presidente da ADINATEL; e …
13:45 – 15:15 Palestra Engº Marcius Butti Vitale – Infraestrutura de Redes Urbanas de Telecomunicações – Ainda tem Solução?
15:15 – 15:30 Coffe break
15:30 – 16:45 Palestra GTT interpretação da NR-10 e NR-35 para o Compartilhamento de Postes 16:45h
Encerramento
Principais temas abordados pelo Engenheiro Marcius Vitale na apresentação:
– Um pouco de história – Situação da infraestrutura de telecomunicações até a privatização. – Cenário atual observado nas redes implantadas. – Principais trabalhos do Grupo de Infraestrutura de Telecomunicações do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo – SEESP – Pontos impactantes observados na planta. – Leis, Resoluções e Decretos não observados pelos ocupantes da infraestrutura em todo o país. – Atores envolvidos nos projetos, com sua atribuições e responsabilidades. – Uso desordenado do subsolo urbano. – Redes aéreas caóticas. – Necessidade de compartilhamento da infraestrutura aérea e subterrânea. – Segurança no trabalho (NR 03 / NR 06 / NR 10 / NR 33 e NR 35). – Importância na adoção microtecnologia – Obras compartilhadas utilizando microtecnologia, com foco nos nossos produtos. – Implantação de microdutos e microcabos aéreos e subterrâneos. – Método MND, valas abertas e galerias compartilhadas. – Projeto Infravias para o ordenamento das redes subterrâneas. – Redes ópticas sinérgicas – projeto pioneiro desenvolvido pela Cemig e CPQD. – Considerações finais sobre: Respeito as leis, normas, resoluções, planejamento, projeto, implantação, materiais utilizados, desempenho de produtos em campo, treinamento da mão de obra, fiscalização, manutenção, auditorias técnicas e da prática da boa engenharia em infraestrutura de telecomunicações.
Abaixo, a reprodução da matéria publicada pela Revista Painel da AEAAPP, edição de setembro deste 2019, traz a discussão sobre a desordem nos fios e cabos aéreos. Entre as fontes ouvidas para a reportagem, está o diretor do SEESP Carlos Kirchner e o consultor Marcius Vitale, coordenador do Grupo de Infraestrutura de Telecomunicações do SEESP.
A questão dos postes
Novas tecnologias e serviços fizeram as cidades avançarem, mas também as tornaram mais poluídas em razão do cabeamento aéreo de internet, TV a cabo e energia elétrica; entenda como funciona e quem é responsável por isso.
Desde 2018, está em vigor a Lei Municipal 14.045/2017 que estabelece regras de gestão para o compartilhamento dos postes em Ribeirão Preto. Os postes da cidade, cerca de 80 mil, têm dono: a concessionária de energia elétrica que, na maioria das cidades paulistas, é o Grupo CPFL. Ela compartilha esse espaço, mediante aluguel, com outras empresas prestadoras de serviços – de telefonia, internet etc – que penduram seus fios e equipamentos para fazer seus sinais chegarem às casas das pessoas.
“Ocorre que, as empresas usam os espaços de maneira indiscriminada, causando transtornos à cidade, uma vez que os cabos, quando se soltam – o que não é raro – ficam no lugar por muito tempo, e ninguém se responsabiliza”, observa o engenheiro Luiz Umberto Menegucci, diretor administrativo da AEAARP.
São as agências reguladoras de telecomunicações (ANATEL) e de energia elétrica (ANEEL) que normatizam a utilização dos postes em todo o país. O engenheiro Március Vitale, do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP), afirma que a questão é de segurança da população e de poluição visual. Ele integra um grupo que debate o tema no SEESP, propondo soluções.
Os postes são concessões públicas outorgadas à exploração por distribuidoras de energia elétrica. A atual legislação concede às empresas de telecomunicação o direito de uso compartilhado dessa infraestrutura, que é pública, porém gerida e explorada comercialmente por empresas privadas. O direito é garantido por lei, a de número nº 9.472 de 16 de julho de 1997, conhecida como Lei Geral das Telecomunicações.
A concessão do direito inclui, além dos postes, “dutos, condutos e servidões pertencentes ou controlados por prestadora de serviços de telecomunicações ou de outros serviços de interesse público, de forma não discriminatória e a preços e condições justos e razoáveis”.
Para disciplinar essa relação, a ANATEL, a ANEEL e a ANP (Agência Nacional de Petróleo) fixaram diretrizes em resoluções conjuntas editadas em 1999, 2001, 2014 e 2017. As regras valem para os 46 milhões de postes de distribuição de energia elétrica de todo o Brasil. No estado de São Paulo são 7 milhões de postes.
As resoluções disciplinam, por exemplo, quais os tipos de infraestruturas que usarão os espaços compartilhados, regras para resolução de conflitos, define valores de referência a serem cobrados no aluguel de postes e a última, de 2017, atualiza a primeira, de 1999. Segundo a ANATEL, as normatizações não regulam a quantidade de cabos ou equipamentos a serem fixados nos postes. “Cabe às distribuidoras detalhar as regras de utilização dessa infraestrutura e realizar a boa gestão dos postes, atividade pela qual são remuneradas pelos prestadores ocupantes”, informou a assessoria de imprensa da agência.
Cabe à empresa que ocupa o poste, ainda de acordo com a agência, observar a legislação local, o plano de ocupação e a conformidade técnica com as normas de postes de cada distribuidora.
A CPFL informa que os postes têm capacidade de suportar esforços entre 200kg e 1.200kg, dependendo do modelo de construção de cada um.
A companhia substitui aqueles que apresentam defeitos ou representam riscos, conforme o plano de manutenção. Não há, porém, busca ativa de mau uso dos postes. Isto é, os cabos que por ventura não estão ligados a redes de energia ou telecomunicações são de inteira responsabilidade das empresas que os colocaram ali. Não há também da CPFL resposta clara para um questionamento: como é a fiscalização e se é aceitável que um poste tenha inúmeros fios. À essa questão, a assessoria de imprensa da companhia respondeu que a CPFL atende às normas técnicas, sem informar, porém, qual é o número da referida norma.
Solução Uma das possibilidades apontadas pelo engenheiro Luiz Umberto é a instalação de infraestrutura subterrânea, semelhante ao que já foi feito no calçadão central de Ribeirão Preto. A primeira é a normatização do uso do subsolo urbano. Március Vitale afirma que, em geral, muitas cidades brasileiras não têm planejamento ou lei que regule o uso do subsolo. Na prática, significa que os montes de cabos aéreos seriam apenas enterrados, transferindo o problema para debaixo da terra, literalmente.
Para se ter uma ideia, no Brasil existem cerca de 10 mil provedores de internet, fora os prestadores de serviços de televisão, telefonia, etc.. O subsolo já é ocupado por redes de água, eletricidade, esgoto e gás. Em alguns lugares, conforme relato de Március, o projeto de transferir a fiação aérea para infraestrutura subterrânea é dificultado pelo fato de que cada prestadora de serviços reivindica a instalação de seu próprio duto, sem acordo de compartilhamento da infraestrutura de rede.
A tecnologia, esclarece Március, permite que os dados que passam por um grande número de cabos ópticos tradicionais, por exemplo, sejam substituídos por microcabos que podem ser instalados em um único microduto com várias vias e menos agressivo à paisagem urbana – até mesmo se permanecerem pendurados nos postes.
A questão, portanto, não é onde colocar os fios. Mas, como coloca-los, o que necessita de planejamento, boa engenharia e ocupação racional do subsolo urbano.
Há ainda outra questão: a destinação da fiação. As empresas de telecomunicações que colocam os cabos nos postes são as responsáveis pela manutenção e retirada dos mesmos.
Muitas não retiram os “cabos mortos”, no jargão do setor, por questão de logística – precisam destinar uma equipe para retirar algo que não é usado na rede. Além disso, a destinação correta desses cabos, especialmente os óticos, é complexa.
Os postes das grandes cidades suportam hoje redes de TV a cabo, de cabos metálicos e ópticos de operadoras e provedores de internet, redes primárias e secundárias de energia, transformadores, braços de iluminação pública, amplificadores e dispositivos (armários de distribuição aéreos, caixas de emenda óptica e reservas técnicas).
Além disso tudo, segundo o engenheiro Március, os postes têm dezenas de canos galvanizados fixados em suas estruturas para subidas de lateral (tubos galvanizados que interligam as redes subterrâneas com a rede aérea por onde passam os cabos de telecomunicações).
“Antigamente os postes suportavam os cabos, hoje os cabos suportam os postes”, fala o engenheiro. “Antigamente”, ainda segundo ele, os manuais técnicos de procedimentos da holding Telebras, que controlava as 28 empresas operadoras estaduais mais a Embratel, regulamentava a utilização dos postes. Isso, antes das privatizações e da criação das agências reguladoras. A Telebras determinava para as operadoras de telecomunicações a implantação de cabos aéreos metálicos em postes com até 200 pares. “Em um ramal, quando a quantidade de pares era superior ao especificado, a rede tinha necessariamente de ser subterrânea”, conta o engenheiro.
Os postes eram ocupados por: cabos metálicos aéreos de telefonia de até 200 pares, caixas de emendas, redes primárias e secundárias de energia, braços de iluminação pública, fios externos de telefonia e, em alguns casos, os tradicionais transformadores. Mas, era uma época sem internet, redes de dados, provedores e o grande número de serviços ofertados a pessoas físicas e jurídicas que exigiam energia, comunicação e compartilhamento de informações.
As empresas proprietárias dos postes definem em cada um deles os espaços de 500 mm, com cinco pontos de fixação, distantes 100 mm um do outro, que podem ser utilizados pelas operadoras e provedores de internet. “O que passar deste limite estará fora do padrão atualmente definido pelas concessionárias de energia”, de acordo com Március. Ele ressalta que, além de poluir visualmente as cidades, tecnicamente as manutenções das redes aéreas são custosas e a qualidade dos serviços ofertados instáveis, além de não atenderem às Normas Regulamentadoras NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 10 e NR 35 Trabalho em Altura.
No passado, o lugar do poste onde se concentravam fios e equipamentos foi apelidado pelos técnicos de zona “T”, em razão da formação da letra quando combinados o concreto e os cabos. Március “brinca” com essa denominação: “Hoje, seria zona do terror”. Para ele, a solução é a utilização de recursos tecnológicos já disponíveis, que possibilitam a organização dos cabos no subterrâneo e nos postes, de forma segura e agradável aos olhos. “Existem pequenos dutos, os microdutos, onde é possível lançar microcabos ópticos em cada um deles. Com projeto mais específico, é possível colocar um número maior de microcabos, usando normas sobre compartilhamento de redes que precisam ser detalhadas no projeto”, explicou o consultor. Há aí engenharia, no projeto e na definição de soluções para implantar a infraestrutura. Dois caminhos podem ser seguidos para reduzir o volume de cabos aéreos. Um deles é enterrá-los em uma vala aberta, o que também resolveria a poluição visual. Outro aglutiná-los em um microduto aéreo ou subterrâneo. “A grande vantagem da microtecnologia subterrânea é que dá para usar o espaço entre o meio fio e a capa asfáltica entre a calçada e a rua, onde é possível abrir uma microvala. Nela, que tem cerca de três centímetros de largura e 30 centímetros de profundidade, é possível instalar alguns microdutos. Depois, a microvala é tampada com asfalto frio”, detalha o engenheiro.
“Pelas pequenas dimensões da microvala”, continua, “não existe a necessidade de recompor a capa asfáltica em toda a via, o que resulta numa obra mais econômica, além de evitarmos que serviços de recomposição mal acabados sejam realizados, causando enormes problemas para a população”.
O Caso Bauru
Em Bauru (211 km de Ribeirão Preto), a Comissão de Infraestrutura Aérea Urbana (Coinfra) adotou a estratégia do diálogo. O poder público suspendeu a aplicação de multas, a concessionária de energia (também lá a CPFL), empresas de telecomunicações e internet comprometeram-se a retirar os fios “mortos”.
O cronograma definido no acordo se estenderá até 2020. Já foram retirados 1.500 quilômetros de cabos que equivalem a 34 toneladas de fios. O engenheiro Carlos Kirshner representa o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEE) na Coinfra e explica que o êxito da estratégia do diálogo não eliminou ações punitivas por parte do poder público, que são aplicadas em casos de redes clandestinas, por exemplo.
1º Workshop RTI de Compartilhamento de Postes atrai grande público
Deborah Moreira* Comunicação SEESP
O “1º Workshop RTI de Compartilhamento de Postes”, durante a NETCOM 2019, atraiu centenas de visitantes da feira do setor de telecomunicações e tecnologia, no Pavilhão Verde do Expo Center Norte, em São Paulo (SP). O espaço dedicado às palestras lotou com profissionais do ramo que puderam fazer perguntas ao final de cada exposição. Entre os palestrantes, diretores do SEESP e Marcius Vitale, coordenador do Grupo de Infraestrutura de Telecomunicações do SEESP, que fez a abertura do encontro e coordenou o workshop.
Palestra sobre Interface da NR10 e NR35 em manutenção de redes de telecomunicações, com Aguinaldo Bizzo, diretor do SEESP.
Apresentação do Engenheiro Agnaldo Bizzo
Fotos: Izilda França
Engenheiro Marcius Vitale
Na abertura, Vitale deu um panorama geral sobre as condições das redes aéreas de telecomunicações no Brasil, que se tornaram um emaranhado de fios e cabos, colocando em risco a vida de profissionais e de quem passa por baixo delas. Fez uma breve apresentação sobre as propostas que seriam apresentadas durante a programação, com foco na implantação das cidades inteligentes, internet das coisas e a chegada do 5G.
“Avalio como uma participação muito positiva do setor. Causou comoção positiva, por exemplo, a exposição do Bizzo, pela sua competência em expor a importância da aplicação das normas, ainda mais nesse contexto em que estamos vivendo, em que estão sendo revistas. Tem que ter responsabilidade e seriedade nisso. As entidades do setor precisam estar alertas”, disse Vitale, referindo-se à atividade “Interface da NR10 e NR35 em manutenção de redes de telecomunicações”, proferida pelo diretor do SEESP Aguinaldo Bizzo de Almeida.
Bizzo ressaltou, entre outras coisas, a importância da aplicação das normas regulamentadoras NR 10, que regula o trabalho com eletricidade, e NR 35, que regula o trabalho em altura, ambas essenciais para as telecomunicações e que, segundo Bizzo, vêm sendo negligenciadas. Por isso, o engenheiro eletricista e de segurança do trabalho enfatizou aos presentes a importância do treinamento dos profissionais para preservação das vidas, tendo em vista a grande quantidade de acidentes e mortes causadas no setor.
Painel de debates “Novas tecnologias para compartilhamento de infraestrutura de redes de telecomunicações” que abordou a Microtecnologia.
Na sequência, durante o “Painel de debates – Novas tecnologias para compartilhamento de infraestrutura de redes de telecomunicações”, Vitale, que é CEO da Vitale Consultoria, juntamente com Luiz Felipe Lorenzoni de Oliveira, principal Outside Plant Planning Eng. Specialist da CenturyLink; e Marco Antonio Rodrigues, diretor comercial da Tecnexus; abordaram a microtecnologia, que promete solucionar o problema do volume de fios e cabos nos postes. Segundo Macius Vitale, já existem pequenos dutos, os microdutos, onde é possível lançar até sete microcabos ópticos em cada um deles. “Se for elaborado um projeto mais específico, é possível colocar um número maior de microcabos. Mas aí entram normas sobre compartilhamento de redes que precisam ser detalhadas no projeto”, explicou o consultor.
Segundo o Vitale, existem dois caminhos que podem ser seguidos para a diminuição do número de cabos aéreos. Uma deles é enterrar os cabos em uma vala aberta, o que também resolveria a poluição visual. Outra forma é fazer a aglutinação de cabos dentro do microduto aéreo. “Agora, a mesma coisa pode ser feita no subterrâneo. A grande vantagem da microtecnologia subterrânea e que dá para usar o espaço entre o meio fio e a capa asfáltica, entre a calçada e a rua, onde é possível abrir uma microvala. Nela, que tem cerca de três centímetros de largura e 30 centímetros de profundidade, é possível a instalação de alguns microdutos. Depois, é tampada com asfalto frio”, detalha o coordenador do Grupo de Infraestrutura de Telecomunicações do SEESP. Existe, inclusive, um equipamento específico para isso, chamado Serra Clipper, que faz esse corte: uma interferência mínima nas vias, o que, facilita para a administração publica do ponto de vista financeiro, minimizando gastos.
Engenheiros: Marcius Vitale, Marco António Rodrigues e Luiz Felipe Lorenzoni
Case da Cidade de Bauru
Engenheiro Carlos Kirchner
Carlos Augusto Ramos Kirchner, diretor do SEESP e da Kirchner Consultoria, encerrou o workshop apresentando o “Case de sucesso de Bauru”, município no interior paulista onde ele integra a Comissão de Infraestrutura Aérea Urbana (Coinfra), prevista pelo Decreto 13.559/17 – com representantes do governo, da sociedade civil e das empresas – , para discutir soluções no reordenamento de fios e cabos e coordena ações conjuntas com o objetivo de fazer valer as leis municipal(nº 6.679/2016) – que dispõe sobre a obrigatoriedade da concessionária de serviço público de distribuição de energia elétrica, no caso a CPFL Paulista, regularizar o emaranhado, bem como notificar as operadoras responsáveis pelos cabos -, e federal, a Lei Geral de Antenas (nº 13.116/17).
“A Prefeitura chegou a aplicar algumas multas, mas percebeu que esse não era o melhor caminho para resolver o problema. Foi realizada, então, uma reunião com representantes da CPFL e, depois, outra reunião que incluiu representantes das empresas de telecomunicação e internet. Entramos num acordo para que todas as empresas retirassem cabos ‘mortos’ ou irregulares. Fizemos um teste que durou três meses que começou em 1º de abril de 2018 e, a partir daí, dividimos a cidade em 12 quadrantes e traçamos um cronograma de trabalho”, detalhou Kirchner.
Segundo o diretor do SEESP, até julho de 2019 foram retirados 1.500 quilômetros de cabos, o que equivale, em peso, a 34 toneladas. A previsão é que o cronograma se encerre no dia 31 de março de 2020.
“Fizemos isso para não aplicar multas. Estamos satisfeitos porque ao retirarem os cabos ‘mortos’ ou irregulares, sobrou mais espaço nos postes, melhorando um pouco a situação. Se a Anatel e as empresas envolvidas chegarem a um acordo sobre o compartilhamento de postes, ficará melhor ainda”, completou.
Até o momento, cerca de 50 municípios possuem legislação própria sobre o tema. Os esforços estão surtindo resultados, como é o caso de Bauru.
A grande maioria dos especialistas que participou do workshop, ocorrido na quinta-feira (29/8), lembrou que muitas normas regulamentadoras estão passando por revisões neste ano, com consultas e audiências públicas, e que podem ser incluídas especificidades do setor de telecomunicações.
* Com informações da assessoria de imprensa do SEESP.
Inteligência artificial exige telecomunicações de qualidade
Publicado em 31 de agosto de 2019
Comunicação SEESP
A relação do setor com a tecnologia de inteligência artificial foi o tema da palestra do engenheiro Marcius Vitale no seminário “Trabalho digno e sindicalismo na Revolução 4.0”. A atividade integrou a 14ª Jornada Brasil 2022, realizada pela CNTU em 16 de agosto, em São Paulo. Coordenador do Grupo de Trabalho de Infraestrutura e Telecomunicações do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), ele destacou que as telecomunicações são as “autoestradas das comunicações” e a base para internet das coisas (IoT) e cidades inteligentes, com o apoio da inteligência artificial. “Hoje, vivemos a migração dos serviços básicos de telefone e internet para um segmento de alta tecnologia”, apontou.
Essa migração, descreveu ele, teve origem no celular 1G, que propiciava a ligação de pessoa a pessoa, passou pelo 2G, com as mensagens curtas de sms, pelo 3G, que permitiu o uso da intenet nos smartphones, até chegar ao momento atual do 4G, com o envio instantâneo de mensagens, fotos e vídeos em alta resolução. A aguardada chegada do 5G ao Brasil, disse ele, potencializará a IoT e ampliará o acesso à internet. “Irá propiciar o acesso em locais remotos onde o satélite é proibitivo”, afirmou. Também, destacou, haverá aumento significativo da velocidade de conexão com redução do tempo de download de vídeos e outras mídias.
Conforme ele, para que os avanços se deem conforme esperado é “fundamental que as telecomunicações funcionem de forma adequada e competente”.
A cada lançamento de novas redes aéreas o interessado abre seu espaço e deixa os demais cabos a “Deus dará”. É preciso a união de esforços entre diferentes atores para coibir os excessos.
Vitale – Consultoria e Inteligência de Negócios
*Por Marcius Vitale
Temos observado em todo o País uma degradação acentuada nas nossas redes aéreas, provocada pelo desordenamento e falta de critérios técnicos para a instalação correta dos cabos de telecomunicações.
Na época da antiga holding Telebrás, que controlava as 28 empresas operadoras estaduais mais a Embratel, na posteação, tínhamos a chamada Zona “T”, que era definida como o ponto de suporte dos cabos nos postes, cuja imagem era semelhante à letra “T”.
Antes do início dos serviços de implantação de um projeto de redes aéreas, elaborado pela operadora estadual, “o dono” da rede elétrica, ou seja, a concessionária de energia era consultada para verificar o esforço do cabo no poste. Caso tudo estivesse de acordo com as normas técnicas, a companhia autorizava o lançamento do mesmo na nova rede.
Frequentemente, por motivos técnicos de sobrecarga dos cabos sobre a estrutura dos postes, a exigência da troca dessa estrutura era solicitada e custeada pela operadora de telefonia.
Uma rígida fiscalização, por parte das concessionárias de energia, como das próprias operadoras de telecomunicações, era uma exigência seguida pelas empresas prestadoras de serviço, sob a pena de pagamento de multa e/ou interdição da obra, caso alguma evidência em desacordo com as Normas Técnicas fosse detectada.
Atualmente, por falta de procedimentos e um acúmulo de cabos nas redes aéreas, o atendimento às normas não é respeitado. Quem chega primeiro ocupa o espaço, muitas vezes sem seguir critérios técnicos, o que gera uma profusão de cabos na posteação.
A posteação está sobrecarregada de cabos de telecomunicações, sendo ocupada de forma desordenada, deixando o visual das nossas cidades com um aspecto deplorável, com a queda da qualidade dos serviços prestados, facilitando a ocorrência de riscos de acidente aos técnicos que trabalham nessas estruturas e à população.
Antigas Práticas Telebras
Na época da antiga estatal, tínhamos as “Práticas Telebras” que eram manuais técnicos de procedimentos que determinavam a implantação de cabos aéreos em postes com até 200 pares.
Normalmente, num ramal, quando a quantidade de pares era superior ao especificado, a rede tinha necessariamente que ser subterrânea. Naquela época, os postes eram ocupados por: cabos metálicos aéreos de telefonia de até 200 pares, caixas de emendas, redes primárias e secundárias de energia, braços de iluminação pública, fios externos de telefonia e, em alguns casos, os tradicionais transformadores.
Atualmente os postes suportam
Rede de TV a cabo, redes de cabos metálicos e ópticos de operadoras e provedores de internet, redes primárias e secundárias de energia, transformadores, braços de iluminação pública, amplificadores e dispositivos, tais como: armários de distribuição aéreos, caixas de emenda óptica, reservas técnicas e dezenas de canos galvanizados para subidas de lateral (tubos galvanizados que interligam as caixas subterrâneas com a rede aérea por onde passam os cabos de telecomunicações).
Antigamente os postes suportavam os cabos, hoje os cabos suportam os postes.
A cada lançamento de novas redes aéreas, o interessado abre o seu espaço e deixa os demais cabos a “Deus dará”. Muitos projetos são realizados sem o conhecimento e autorização das elétricas, que acabam dando no que estamos presenciando nas cidades brasileiras: o caos.
Todas as elétricas definem nos postes um espaço de 500 mm, com cinco pontos de fixação, distantes 100 mm um do outro, que podem ser utilizados pelas operadoras e ISPs. O que passar deste limite estará fora do padrão atualmente definido.
Além de poluir visualmente as cidades, tecnicamente as manutenções das redes aéreas são custosas e a qualidade dos serviços ofertados instáveis, além do não atendimento às Normas Regulamentadoras NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 10 e NR 35 Trabalho em Altura.
Uma pergunta fica no ar: quem é responsável pela situação observada? Se não houver uma união de esforços entre os diversos ‘atores’ envolvidos e uma fiscalização adequada, fatalmente não teremos uma solução para coibir os excessos.
Como diz uma antiga citação: Quem faz malfeito pela primeira vez, terá que refazer o mesmo serviço. Não é difícil compreender que os gastos serão incrementados, consequentemente trazendo sérios prejuízos para quem opera os serviços e para os usuários que irão pagar a conta, se o caos não for minimizado.
Enfim, a lendária figura da zona “T”, hoje, pode ser considerada como a Zona do Terror.
Marcius Vitale* Consultor da Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e Sistemas (ABPE), Engenheiro de telecomunicações, engenheiro eletricista pelo Inatel e engenheiro de segurança pela Universidade de Brasília (UnB), coordenador do grupo de infraestrutura de telecomunicações do SEESP e presidente da ADINATEL”
No último dia 28/06/2019, o Engenheiro Marcius Vitale apresentou no Workshop sobre Microtecnologia realizado na fabrica da Duraline – Grupo Mexichem em Sumaré – SP, a palestra “Situação da Infraestrutura de Telecomunicações no Brasil” – propondo alternativas para eliminação do caos, utilizando MIcrodutos e Microcabos Ópticos.
Presentes ao encontro tivemos a presença das empresas: Centurylink, Algar Telecom, Vogel Telecom, Ascenty, OGNetworks e Tecnexus.
O engenheiro Marcius Vitale, da Vitale Consultoria e Inteligência de Negócios, apresentou no 47º EPR promovido pela Momento Editorial, a palestra: Compartilhamento de Redes de Telecomunicações – Comentários e Novas Tecnologias.
Outro assunto que despertou grande interesse do público: Procedimentos de projetos utilizando microdutos e microcabos.
O tema apresentado mostrou com imagens de alta resolução, a situação da infraestrutura de redes de telecomunicações no Brasil, detalhando as técnicas para compartilhamento das redes aéreas e subterrâneas.
A 11a edição do Encontro Nacional de Provedores promovido pela ABRINT, foi realizado no Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo nos dias 05, 06 e 07 de junho de 2019.
O evento cresce a cada ano, sendo considerado o maior encontro de ISPs da América do Sul.
Mais uma vez o evento da ABRINT debateu os temais mais importantes da agenda governamental. Dentro dos temas do evento, o Engenheiro Marcius Vitale apresentou a palestra: Infraestrutura de Telecomunicações para ISPs – Procedimentos, Técnicas, Normas e Condutas. A apresentação transmitiu aos presentes, os mais modernos conceitos de gestão da infraestrutura urbana de telecomunicações, com foco no compartilhamento das redes utilizando microtecnologia (microdutos e microcabos).
Dados do evento:
Cerca de 10 mil congressistas, 150 expositores e 50 palestras.
Conforme previsto estive em Ribeirão Preto – SP apresentando no evento da ABRINT na Estrada, a palestra técnica abordando o tema:
Infraestrutura de Telecomunicações para ISPs
Dicas, Normas e Condutas
A ABRINT na Estrada tem obtido bastante sucesso, na disseminação de informações relevantes aos ISPs de todo o Brasil.
Minha apresentação teve como mediador o Engenheiro Carlos Godoy, Conselheiro da Abrint e sócio diretor da CG & Consultores.
A Associação está de parabéns por mais este evento de sucesso.
Engenheiros: Carlos Godoy e Marcius Vitale
PROGRAMAÇÃO:
8h às 9h30
Credenciamento
09h30 às 10h – Abertura
A importância da regularização para o crescimento do setor
Palestrante: Basílio Perez, conselheiro da ABRINT
10h00 às 10h30
Café com o expositor
10h30 às 11h30
Eficiência Operacional para Provedor FTTH
Palestrantes: Ronaldo Couto, Primori e Rogério Couto da RL2M
11h30 às 12h30
Gestão do tempo fora do relógio
Palestrante: Eliana Simione, empresária e coach executive
12h30 às 14h
Almoço Livre
14h às 15h00
Como se proteger de ataques DDoS e escolher a melhor forma de mitigação
Palestrante: Wardner Maia, conselheiro da ABRINT
15h00 às 16h00
Infraestrutura de telecomunicações para ISPs: dicas, normas e condutas
Palestrantes: Marcius Vitale, engenheiro e consultor na área de infraestrutura e membro do grupo de infraestrutura do sindicato dos engenheiros do estado de São Paulo
Moderador: Carlos Godoy, conselheiro da ABRINT
16h00 às 16h30
Gestão por resultado – Mantenha o foco no essencial
Palestrante: Silvia Folster, CEO da Cianet
16h30 às 17h00
Deixando de ser técnico e tornando-se gestor
Palestrante: Henri Cardim, presidente da HFC Consultoria
Das 17h às 18h
Coquetel com o expositor
Sala Nic.Br
11h30 às 12h
Aumentando a segurança da sua rede e se protegendo de ataques Palestrante: Gilberto Zorello, coordenador de projetos do Nic.Br
12h às 12h30
IPv6: 30% dos brasileiros já usam! Seus clientes estão entre eles? Palestrante: Antônio Moreiras, gerente de projetos e desenvolvimento do Nic.Br
14h às 17h
Segurança para provedores regionais: conheça as melhores práticas*
Palestrante: Antônio Moreiras, gerente de projetos e desenvolvimento do Nic.Br *Curso prático, levar notebook.
O Caótico Cenário da Infraestrututa de Telecomunicações Urbana Não só os postes repletos de cabos dependurados poluem as grandes cidades brasileiras, mas uma área esquecida que está embaixo dos nossos pés é um grande motivo de preocupação, pois impactam diretamente na qualidade dos serviços públicos essenciais.
O planejamento urbano de médio e longo prazo não é realizado a contento, facilitando com que algumas redes subterrâneas sejam implantadas sem a preocupação com a qualidade dos projetos e com uma vida útil tremendamente reduzida.
Além de redes implantadas sem o respeito às práticas da boa engenharia, muitas obras ocupam os escassos espaços físicos existentes, dificultando instalações futuras.
Um Frankstein urbano repleto de cicatrizes com redes subterrâneas instaladas em zonas densas, dificulta futuros avanços para a realização de manutenções e a implantação de futuras redes, impactando na qualidade de vida da sociedade, onerando sobremaneira o custo dos serviços prestados e o meio ambiente.
É sabido que cabe a União legislar sobre serviços de água, informática, energia, radiodifusão e telecomunicações (art. 22, inciso IV da Constituição da República Federativa do Brasil), e aos Estados, diretamente ou em caráter de concessão os serviços locais de gás canalizado (art. 25, § 2º da mesma Constituição Federal). Para os municípios cabe o papel de agente paralelo, cuja responsabilidade é a prestação de um serviço público que depende da rede elétrica – a iluminação pública, mas sem poder legislar sobre os demais serviços descritos acima.
Uma dúvida paira no ar quando abordamos o assunto postes e o subsolo urbano. Quem tem o poder de legislar sobre essas infraestruturas que tem apresentado enormes problemas pelo excesso de fios e cabos dependurados em postes e canalizações subterrâneas sem projetos adequados? É um assunto local ou da esfera federal?
O Art. 30 da Constituição Federal define que compete aos municípios – inciso I – legislar sobre assuntos de interesse local, citação que poderia ser utilizada para reforçar o direito das prefeituras em auxiliar a esfera federal, no controle do ordenamento do subsolo e na ocupação desordenada das redes de cabos de telecomunicações que poluem o cenário nas cidades brasileiras.
Mesmo sendo de competência da União como poder concedente, a fiscalização dos serviços de telecomunicações está sem uma gestão adequada, o que vem ao encontro com o aumento da poluição visual descontrolada com dezenas de cabos dependurados nos postes.
Necessário se faz que uma política pública municipal seja criada e seguida pelos diversos atores envolvidos, para que o reordenamento do subsolo e o uso dos postes seja respeitado, assegurando que cada empresa utilize racionalmente o espaço físico a ela dedicado.
Outro ponto vital para o sucesso da empreitada é que de alguma forma os municípios possam fiscalizar as implantações das redes, assim como os materiais que estão sendo utilizados, para que as complexas obras urbanas tenham uma longa vida útil.
Cito como exemplo os dutos de PEAD – Polietileno de Alta densidade, um dos insumos mais utilizados nos trabalhos de enterramento das redes de telecomunicações no Brasil. Por falta de orientação, diversas prestadoras de serviços adquirem os dutos de PEAD que não atendem as normas brasileiras. Produtos são adquiridos com um percentual de material reciclado acima dos valores permitidos. Um duto de PEAD certificado tem uma longa vida útil (algumas décadas), ao passo que os reciclados podem sofrer degradação em pouco tempo, o que irá acarretar novas aberturas das vias e de novas recomposições asfálticas em obras recém finalizadas.
O panorama atual é preocupante, é necessário planejar corretamente a utilização dos escassos espaços urbanos de forma competente, assim como, exigir dos atores a confecção de bons projetos, com a utilização de produtos certificados e mão de obra treinada.
O enterramento de grande volume de dutos de telecomunicações, diretamente em valas abertas não tem sentido. Este procedimento é um fator impeditivo para futuras expansões e serviços de manutenção. Temos recomendado a utilização de mini galerias, as quais podem abrigar diversos dutos, subdutos e microdutos, facilitando futuros remanejamentos e mesmo a substituição dos citados produtos ao longo dos anos. Mesmo com um custo financeiro maior por ocasião da implantação, as mini galerias podem propiciar uma sobrevida considerável na infraestrutura subterrânea, minimizando os custos de manutenção e preservação das vias.
A situação brasileira é sui generis com dezenas de empresas disputando os escassos espaços públicos. Da forma que está não dá para continuar. Seremos cobrados num futuro próximo pela nossa miopia em não saber planejar de forma adequada e racional a utilização desse bem finito – o subsolo urbano.
A fiscalização dos projetos deve ser exercida por quem está próximo do problema, no caso as administrações municipais, e não por organismos que gravitam em outras plagas, distantes do olho do furacão.
Algumas sugestões:
É mister que seja desenvolvido um sistema de planejamento e gestão para controle e monitoramento da utilização do subsolo urbano sob a gestão das prefeituras municipais.
Estabelecer uma legislação especial para disciplinar o uso do subsolo nas grandes cidades brasileiras.
Criar incentivos por parte do governo, universidades e agências de fomento, para o estudo e desenvolvimento de pesquisas que possam nortear a utilização correta do subsolo, com a implementação de novas tecnologias.
Instituir sistemas georeferênciados com a utilização de georadar para a investigação e mapeamento do subsolo urbano.
O cenário observado é surreal tendendo ficar pior, e antes que a situação fique insustentável é necessário uma conjugação de esforços envolvendo todos os atores, na condução de procedimentos corretos, que atendam integralmente as práticas da boa engenharia, e esta atitude deve ser seguida por todos os atores e governo, sob pena de observarmos num curto espaço de tempo, a ocorrência das tragédias anunciadas que estão ocorrendo em outras áreas em todo o país e que tem provocado perdas incalculáveis a sociedade.