A arte de liderar carece de um longo aprendizado como numa longa viagem. Tudo tem que ser planejado para que o objetivo final seja atendido no percurso de árduos anos de trabalho.
Neste novo século, como os velhos padrões de aprendizado estão mudando rapidamente, o profissional tem necessariamente que ir ajustando sua trajetória durante seu percurso de trabalho.
Os benefícios profissionais dos nossos gestores estão no topo da pirâmide mundial, pois quando citamos salários e bonificações, superamos os colegas da Europa, EUA e Ásia.
Nossos profissionais, no cume da carreira ganham cerca de 10 vezes mais que seus colaboradores, sendo que em mercados do primeiro mundo esta relação é muito menor.
Vejamos abaixo pesquisa realizada pelo “Hay Group” no Brasil:
– 4 vezes maior nos EUA;
– 3,5 vezes maior na Alemanha;
– 3,2 vezes maior no Japão.
Aqui no Brasil, dados comprovam que os líderes contam com o beneplácito dos seus colaboradores o que de certa forma, facilita a gestão e seu domínio sobre a classe trabalhadora.
Do lado do empregado podemos observar que a grande maioria está satisfeita com o chefe, é o que indica uma pesquisa realizada pelo Datafolha.
Este fato indica que em cada quatro brasileiros, três se sentem felizes com seus chefes e com as empresas em que trabalham.
Dos 1.574 entrevistados nos dias 18 e 19 de abril, 61% declararam estar felizes em suas ocupações, e 16% muito felizes (margem de erro 3 pontos percentuais).
Outros dados levantados:
– Não temem o desemprego 73%;
– Relacionamento com os colegas, como ótimo ou bom 93%;
– Relacionamento com o chefe ótimo ou bom 88%.
Um dos fatores que pode estar colaborando com o nível de satisfação é a melhoria da qualidade de vida proporcionada aos brasileiros nos últimos anos.
Nossa taxa de desemprego se mantém em torno de 6% e o rendimento médio das pessoas ocupadas cresceu mais de 60% acima da inflação.
Voltando ao item chefia, a pesquisa evidenciou que a maioria dos empregados considera boa ou ótima sua convivência com seus superiores.
Se de um lado tudo parece estar voando em céus de brigadeiro, do outro, uma preocupação se faz presente: onde encontrar talentos?
A escassez de profissionais qualificados está cada vez mais presente, não só no Brasil, como nos demais países das Américas.
Para se dar um exemplo, um levantamento realizado pelo ManpowerGroup, a dificuldade em se encontrar talentos é alarmante. No Brasil cerca de seis em cada 10 empregadores tem dificuldade em contratar empregados e o motivo principal é a falta de talentos.
A média global gira em torno de 34%, já nas Américas este percentual cresce para 37%.
Alguns exemplos de países nos quais os empregadores enfrentam dificuldade na contratação por falta de qualificação:
– Brasil 57%
– EUA 52%
– Argentina 51%
– México 42%
– Panamá 36%
– Canadá 29%
– Colômbia 25%
– Peru 10%
– Média 34%
Diante destes dados, verificamos que quem está empregado na sua maioria está satisfeito, porém o cenário aponta para um apagão de mão de obra, o que poderá prejudicar sobremaneira os índices de crescimento da região, afetando diretamente o PIB de cada país.
Outro fato que deverá acontecer é que a escassa mão de obra disponível será super valorizada pela falta de talentos disponíveis, o que poderá dificultar o fechamento das contas.
Quem viver verá…