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fev 27

Talentos

 

 

Captar e reter talentos são os grandes desafios para os próximos anos.

Pesquisas realizadas pela Heidrick& Struggles em parceria com a Economist Intelligence Unit sugerem que cada profissional que inicia sua carreira hoje terá 13 empregos até completar 38 anos.

As estruturas das empresas são alicerçadas sobre talentos e a escolha correta do time de colaboradores é fundamental e necessária para que o sucesso e sobrevivência das empresas sejam alcançadas.

Alguns fatores terão que ser observados para que o risco seja minimizado:

– Falta de vínculo empregado X empresa, o que ocasiona constantes mudanças de emprego;

– Grande extensão territorial mundial, que implica diretamente em sérios problemas demográficos;

– Carência de lideranças capacitadas;

– Diversidade de culturas;

– Escassez de Universidades adaptadas aos novos tempos;

– Rapidez da evolução tecnológica;

– Mercados segmentados criando especialistas em produtos e sistemas específicos, dificultando a formação de profissionais com visão ampla.

Um outro dado importante é que os antigos profissionais da geração Baby Boomer estão envelhecendo e terão que ser substituídos num prazo inferior a cinco anos, vejam os exemplos:

Temos nos EUA cerca de 75 milhões de gestores Baby Boomers que irão se aposentar nos próximos cinco anos e serão substituídos por cerca de 30 milhões de profissionais da chamada Geração X, resultando numa conta simples, de cada dois aposentados uma vaga será preenchida.

Migração total – temos atualmente 200 milhões de pessoas trabalhando fora dos seus países, e este número deverá aumentar posto que a escassez de mão de obra local forçará que empresas globais utilizem mecanismos de captação de mão de obra fora das suas bases.

Se de um lado a demanda deverá ser suprida, do outro teremos dificuldades quanto à integração da mão de obra estrangeira nas nossas bases, somados com problemas de ordem cultural, racial, linguístico e familiar.

Para preencher este gap, muitas empresas estão recontratando aposentados para preencherem vagas e conectarem os antigos aos novos, tentando com isto azeitar a máquina fazendo com que jovens adquiram conhecimentos e experiência com os mais velhos.

Milhares de profissionais estão sendo formados na China e Índia, mas somente um pequeno percentual tem a capacidade de serem gestores capacitados com visão global. Segundo levantamentos realizados pela McKinsey, Narayana Murthy, somente cerca de 25% dos engenheiros entre 20% e 25% dos MBAs na Índia são “facilmente empregáveis”.

Como conclusão fica evidente que estamos iniciando um tempo em que profissionais capazes, serão disputados e pagos a peso de ouro.

Aqui no Brasil onde temos poucas escolas capazes, o nível de aproveitamento pode ser bem menor do que os índices chineses e indianos. Se lá está ruim, aqui está bem pior!

Vale a pena que os mais jovens se desenvolvam tecnicamente e encarem de frente o desafio de aprenderem outros idiomas. Somente o inglês não vale, o MANDARIM será largamente utilizado globalmente. Quem souber aproveitar terá a sua disposição dezenas de oportunidades tanto aqui no Brasil como no resto do mundo.

Para os CEOs cabe a recomendação de estudarem bastante, o que vem ocorrendo e que tenham uma clara visão de futuro. Muita coisa que é adotada lá fora, não vale para cá. Temos que tropicalizar as soluções!

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