Captar e reter talentos são os grandes desafios para os próximos anos.
Pesquisas realizadas pela Heidrick& Struggles em parceria com a Economist Intelligence Unit sugerem que cada profissional que inicia sua carreira hoje terá 13 empregos até completar 38 anos.
As estruturas das empresas são alicerçadas sobre talentos e a escolha correta do time de colaboradores é fundamental e necessária para que o sucesso e sobrevivência das empresas sejam alcançadas.
Alguns fatores terão que ser observados para que o risco seja minimizado:
– Falta de vínculo empregado X empresa, o que ocasiona constantes mudanças de emprego;
– Grande extensão territorial mundial, que implica diretamente em sérios problemas demográficos;
– Carência de lideranças capacitadas;
– Diversidade de culturas;
– Escassez de Universidades adaptadas aos novos tempos;
– Rapidez da evolução tecnológica;
– Mercados segmentados criando especialistas em produtos e sistemas específicos, dificultando a formação de profissionais com visão ampla.
Um outro dado importante é que os antigos profissionais da geração Baby Boomer estão envelhecendo e terão que ser substituídos num prazo inferior a cinco anos, vejam os exemplos:
Temos nos EUA cerca de 75 milhões de gestores Baby Boomers que irão se aposentar nos próximos cinco anos e serão substituídos por cerca de 30 milhões de profissionais da chamada Geração X, resultando numa conta simples, de cada dois aposentados uma vaga será preenchida.
Migração total – temos atualmente 200 milhões de pessoas trabalhando fora dos seus países, e este número deverá aumentar posto que a escassez de mão de obra local forçará que empresas globais utilizem mecanismos de captação de mão de obra fora das suas bases.
Se de um lado a demanda deverá ser suprida, do outro teremos dificuldades quanto à integração da mão de obra estrangeira nas nossas bases, somados com problemas de ordem cultural, racial, linguístico e familiar.
Para preencher este gap, muitas empresas estão recontratando aposentados para preencherem vagas e conectarem os antigos aos novos, tentando com isto azeitar a máquina fazendo com que jovens adquiram conhecimentos e experiência com os mais velhos.
Milhares de profissionais estão sendo formados na China e Índia, mas somente um pequeno percentual tem a capacidade de serem gestores capacitados com visão global. Segundo levantamentos realizados pela McKinsey, Narayana Murthy, somente cerca de 25% dos engenheiros entre 20% e 25% dos MBAs na Índia são “facilmente empregáveis”.
Como conclusão fica evidente que estamos iniciando um tempo em que profissionais capazes, serão disputados e pagos a peso de ouro.
Aqui no Brasil onde temos poucas escolas capazes, o nível de aproveitamento pode ser bem menor do que os índices chineses e indianos. Se lá está ruim, aqui está bem pior!
Vale a pena que os mais jovens se desenvolvam tecnicamente e encarem de frente o desafio de aprenderem outros idiomas. Somente o inglês não vale, o MANDARIM será largamente utilizado globalmente. Quem souber aproveitar terá a sua disposição dezenas de oportunidades tanto aqui no Brasil como no resto do mundo.
Para os CEOs cabe a recomendação de estudarem bastante, o que vem ocorrendo e que tenham uma clara visão de futuro. Muita coisa que é adotada lá fora, não vale para cá. Temos que tropicalizar as soluções!