Pneumonia Dupla!!!
A economia globalizada impõe métodos e regras duras à toda população. Um espirro do outro lado do mundo provoca aqui no Brasil uma gripe violenta acompanhada de pneumonia dupla.
Em primeiro lugar, tenho percebido que para os ajustes globalizados, quem primeiro sofre são os menos afortunados. Em outras palavras, os empregados são sumariamente demitidos. Para os grandes investidores internacionais, o que vale é a manutenção do preço das ações e o que menos importa é a mão de obra contratada.
O empresário brasileiro
Ao longo dos anos, o empresário brasileiro vem lutando como pode para acompanhar essa balburdia mundial. Muitas de nossas Faculdades não proporcionam cursos adequados de gestão empresarial e nossos dirigentes são muito criativos e aprendem na prática, o que não é recomendado, mas funciona.
Além desta falta de treinamento, o governo vem impondo constantes mudanças e ajustes na legislação vigente. Somente bons juristas conseguem acompanhar este “terço rezado em latim”.
Diversas organizações que aqui chegam, com planejamento estratégico calcado em preceitos de grandes gurus, formados nas mais conceituadas universidades mundiais, não conseguem acertar o alvo. Conseguem implantar grandes estruturas, contratar centenas de empregados, para em seguida colocá-los no olho da rua.
A empresa brasileira
Quando a empresa é brasileira, pelos motivos citados acima, a justificativa é passível de desculpa, mas em se tratando da elite empresarial mundial, a pergunta é: qual o critério utilizado na composição dos seus planejamentos?
Todo dia recebo convites para assistir algum seminário, cujo palestrante é um papa internacional que aqui chega para contar aquelas brilhantes histórias de sucesso ocorrido nos seus países.
Possivelmente lá as coisas funcionam a contento, no entanto aqui, o conteúdo apresentado não dá resultado.
Tenho pensado bastante nesta questão! Acho que, para melhorar nossa balança de pagamentos, deveríamos exportar nossa mão-de-obra empresarial, para que nos fóruns mundiais pudéssemos disseminar nossa experiência profissional tropicalizada.
Cenário mundial conturbado
Mesmo neste cenário conturbado nossas empresas têm sobrevivido.
Gerenciar na crise? Esta é a questão! Quando tudo está bem, o sucesso é garantido, quando vai mal temos que criar e inovar, para sobreviver…
Um preceito básico é “engordar o boi quando o pasto está bom”, criando silos para a estocagem de alimentos para queimá-los na seca. Assim, a preservação do capital intelectual das empresas é necessária sendo a última coisa a ser desfeita num momento de crise.
Com o armazenamento de gorduras e a valorização do homem, certamente nas futuras crises o efeito vai ser menos devastador.
Criatividade e inovação
Finalizando, deixo registrada a minha proposta para o envio, aos países do primeiro mundo, os nossos sofridos empresários, para poderem disseminar conceitos simples e eficazes de planejamento e gerenciamento de empresas.
Parabéns aos empresários brasileiros, pela maneira criativa e inovadora que conduzem suas organizações, nosso exemplo poderá servir de modelo para outros povos!