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maio 08

O mínimo do mínimo

Engenharia = Padronização

Qualquer ramo da engenharia tem obrigatoriamente que seguir regras, normas, especificações técnicas, padronização, para que os projetos sejam bem executados e atendam o fim a que se destinam.

Uma ponte mal projetada irá cair, uma aeronave mal fabricada irá cair, um equipamento mal dimensionado irá causar danos irreparáveis e assim por diante.

Neste momento onde a sociedade clama e exige serviços e produtos de qualidade, nós estamos nos deparando com grandes problemas. Parece que grande parte desse acervo é criada para causar danos e não para atender os anseios do povo.

Tecnologia traz conforto

No segmento de tecnologia, em alguns setores específicos, podemos observar que inovações são bem vindas e corroboram para a melhoria das condições humanas, principalmente na área de saúde, onde novos produtos e equipamentos estão sendo disponibilizados para aliviar a dor, trazendo uma sobrevida e conforto para a população.

Já em outros setores como o de telecomunicações e TI temos uma explosão de inovações, mas pelos elevadíssimos custos de implantação, operação e manutenção nos deparamos com serviços ofertados de baixa qualidade e valores abusivos.

Uma das causas principais pelo descompasso é a falta de planejamento na formatação dos projetos, fato este, claramente verificado quando nos deparamos com a precária situação da nossa infraestrutura.

Ao vistoriarmos o que está implantado, observamos uma total falta de critério no que tange a padronização. Os responsáveis parecem não conhecer os ensinamentos técnicos que devem nortear projetos dessa natureza.

O agravante é que milhões de dólares estão sendo gastos de forma desordenada, pois o que está sendo construído terá que ser refeito, trazendo sérios prejuízos para as próprias empresas.

O governo tenta regular a situação, até mesmo para poder fazer rodar o Plano Nacional de Banda Larga. A luta será imensa e os gastos para implementar as melhorias infinitos.

Grande parte das empresas fornecedoras de serviços é de origem estrangeira e seus países de origem estão passando por dificuldades,  trazer recursos de fora é praticamente impossível. O mais viável é que as remessas de dólares sejam repatriadas e não alocadas aqui para uma melhoria da qualidade da infra.

Para macular mais o cenário temos o fator humano despreparado para encarar as modernas tecnologias que a cada dia vão surgindo.

Mundo digital

Não estamos mais nos tempos analógicos e sim num mundo novo, totalmente digital, cuja tecnologia se renova a cada dia numa velocidade estonteante, nossas escolas não estão adaptadas para preparar a força de trabalho. O vale criado entre tecnologia e capacitação humana está gerando um “gap” intransponível, mas vamos nos mexer, ainda há tempo para irmos ajustando os ponteiros do relógio.

Com medidas sérias e enérgicas poderemos obter algum ganho. Não dá para ficarmos esperando o “bonde da história” passar. Ou tomamos nosso lugar ou seremos sumariamente atropelados por ele.

Chega de amadorismo e improvisação, o mundo digital não aceita erros. Criamos um gigante que deve ser domesticado para nos atender adequadamente e não podemos ser devorados pela grande boca tecnológica.

Não dá para não fazer nada, abram os olhos e ponham as mãos na massa, conforme citei, ainda há tempo para melhorar o caos implantado.

Banda Larga carece de competência, não deixem a Peteca Cair.

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