O engenheiro e consultor Marcius Vitale é dono de um vasto currículo em telecomunicações. Atuou como gestor e diretor em empresas do Sistema Telebras, nos segmentos de planejamento, projetos, implantação, operação, manutenção, equipamentos e sistemas. Nesta entrevista ao Jornal do Engenheiro, ele dá algumas dicas sobre o setor e como o profissional deve se preparar para alcançar destaque e consolidar carreira.
Foto: Jéssica Silva
Apesar do desaquecimento da economia do País, Vitale acredita que setor de
telecomunicação terá demanda boa por profissionais nos próximos meses
Quais são os segmentos em alta na área de telecomunicações?
Marcius Vitale – Com a evolução de sistemas integrados e que devem se comunicar, novas especializações são sempre requisitadas ao profissional que os mantém, planeja, projeta, implanta e opera. Alguns setores estão em alta e demandam mão de obra capacitada. São eles: transmissão, backbones com cabos ópticos, DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing, na sigla em inglês, que significa multiplexação densa por comprimento de onda), transferência de dados, 3G, 4G, redes IP etc..
Quais as habilidades necessárias a esse profissional?
Marcius Vitale – Além de exigências técnicas e proficiência em uma língua estrangeira – saber inglês é condição sine qua non –, também é mister que o profissional seja multitarefa, com conhecimento em várias tecnologias. Fazer mais com menos é uma premissa que deve ser perseguida por todos da área, otimizando a produtividade, diminuindo custos e agindo sempre sob a ética da preservação de sua identidade profissional, da sociedade e do meio ambiente.
Como está o mercado de trabalho atualmente no País?
Marcius Vitale – Está fraco, em função da falta de investimentos no setor. Por outro lado, creio que muito deverá ser feito para corrigir as falhas detectadas no que está implantado. Como exemplo, cito a situação precária das nossas redes de cabos ópticos e metálicos instalados em todo o País, assim como as péssimas condições de nossa infraestrutura subterrânea, construída sem nenhum planejamento conjunto entre as empresas que exploram serviços públicos, o que tem ocasionado problemas e elevadíssimos custos para a manutenção das tais redes.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP