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out 04

Voar com os pés no chão

Telemaster Senior – 1:90 metros de envergadura

Telemaster Gigante – 3:00 metros de envergadura

Mesmo após décadas de utilização o velho “Telemaster” é ainda um líder mundial no segmento de treinadores.

Seu vôo é tranquilo e suave, o avião é bastante dócil e se presta tanto para iniciantes no esporte como também para veteranos pilotos, como eu.

A finalidade básica de um hobby é trazer tranquilidade e prazer ao praticante. Nos agrega novos e interessantes conceitos: qualidade de vida, contato com a natureza e principalmente, o desafio da convivência, lidando ao mesmo tempo com forças e fraquezas humanas, tudo isso resultando na eliminação do nosso estresse.

Alguns também procuram emoções mais fortes, já que a rotina do dia a dia nos tornam pessoas monótonas. Este avião é o mestre dos mestres neste aspecto.

Tenho voado Telemaster há mais de 40 anos e com o tempo passei a adaptá-los para conseguir melhor desempenho nos vôos.

Dentre algumas modificações implementadas, aumentei em cerca de 2 cm o tamanho do leme de direção e deixei a fuselagem com 4 cm a mais. Com estas modificações, o modelo ficou mais elegante e com um desempenho de vôo muito melhor.

O novo leme assegura bastante maleabilidade em baixas velocidades, proporcionando total controle do avião no solo, principalmente quando estamos taxiando.

Meu construtor favorito é o veterano António Romanelli, mineiro de Pouso Alegre, minha terra natal. O “Seu” António como é conhecido no meio, além de ser excelente construtor, fabricou durante anos, hélices de madeira que supriam todo o mercado nacional. Conseguiu desenvolver todo o maquinário para a fabricação das tais hélices aqui no Brasil, demonstrando uma incrível capacidade de inovar e criar.

O Telemaster é ideal para reboque de planadores, filmagens e fotos aéreas.

Não satisfeito com o modelo tradicional (1:90 de envergadura), desenvolvi com o António Romanelli o projeto do Super Telemaster (3:00 metros de envergadura) ideal para ser utilizado nos projetos de Veículos Aéreos não Tripulados – VANTS, mesmo com os seus 13 kg, o grandalhão é um avião muito dócil.

Para este novo modelo, coloquei um motor OS Max Gemini-300, quatro tempos, com dois cilindros opostos, tanque com autonomia para 60 minutos.

Por se tratar de um avião de grandes dimensões e totalmente adaptado, estou realizando os vôos de teste e ajustando o equipamento para que ele tenha ótimo desempenho.

Os VANTS podem colaborar nos projetos de aerofotogrametria, controle de fronteiras, agricultura de precisão, segurança pública, monitoramento de recursos naturais, vistoria de redes elétricas e dutos de petróleo. Equipados com sistemas de navegação controlados à distância e GPS – Sistema de Posicionamento Global podem cumprir missões com baixo custo de operação e alto desempenho.

Umas das principais vantagens do VANT é seu custo operacional, que chega a ser cerca de cinco vezes mais barato do que uma aeronave tradicional. O fato de não ter piloto embarcado, pode realizar operações de risco em baixas altitudes em regiões perigosas e de difícil acesso.

Todas as vezes que realizo vôos de demonstração nos diversos campos que frequento, o resultado é sempre fantástico. Os companheiros que tomam o rádio para darem uma pilotada se surpreendem com o desempenho desta velha águia.

Recomendo a todos que curtem este esporte que providenciem e adquiram um Telemaster, desta forma, todas as vezes que forem voar, certamente estarão lembrando desta mensagem:

“Voe um Telemaster e fuja do ESTRESSE”.

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